domingo, 22 de fevereiro de 2009

E depois dizem que são eles


Talvez nos maltratemos para que depois nos beijemos mais, embora ultimamente saibamos que nos falta o ar e os beijos. O abraço. O toque. A respiração ofegante. O ar. Ah.

Esquecia-me que sou eu que me maltrato para que decidas ser meu enfermeiro, meu amor eterno e de platão. E depois que me beijes mais do que nos meus sonhos. Que me beijes os lençóis e as nódoas negras e depois eu prometo que me porto bem e que morro feliz. Tu sabes o que não é possível, eu sou a pior da nossa terra.


(Autobiografia de mim, centenária, a querer morrer num hospital limpo e tu a tratares-me da saúde. Bem tratadinha. )