quinta-feira, 4 de junho de 2009

Tarde


Trocar o coração pela boca. Sentir amor e sussurrar 'Amor'. Sentir frio e rir baixinho, de nervoso miudinho. Sentir o quarto vazio e evocar o eco, como melhor amigo. Sentir o passado lá ao fundo, sozinho, e rir alto, dizer 'As malas estão à porta e o comboio já partiu'. Sentir dor de ser pequenina neste corpo e pronunciar o alfabeto em francês. Sentir saudades e lembrar-me de Sta. Bárbara, quando troveja. Chorar com voz. Sentir-te o sorriso a dormires, como alegoria do Bem, do Tudo- Vai- Ficar- Bem. Sentir os aplausos finais e agradecer. Ficar muda à espera de sentir alguma coisa. Que horas são?



Morrer.