Ah, coração…não sei te cuspa pela boca, ou se te arranque do peito. Para que não me mates com aquilo que mais amo. Para que não me cegues nem vendes. Nem vendas.
Sou Sol, tornei-me Sol por bênção. Ou por necessidade. Ilumino o melhor que posso o meu mundo, com todas as casas que construí, campos que cultivei e almas com que me cruzei. Sou dedicado e, ao fim do dia, nunca me esqueço de beijar o meu Oceano. Digo-lhe Boa Noite, rezo para que lá esteja no dia seguinte e desapareço no horizonte. Dizem que fico bonito quando me vou. E eu acredito.
Depois de mim chegas tu, porque te condenei a ser Lua. Para que quando chegasses eu já não estivesse, não te visse e não me pudesses ver. Para que iluminássemos sempre partes opostas do mundo e da vida. Para que tivesses milhões de estrelas lindas à tua volta e as cobiçasses, sonhando, sempre sonhando, esquecendo-te (e lembrando-te de vez em quando) que a mais próxima da tua terra sou eu. Ah, mas eu estarei longe. Bem longe.
Condeno-te a Lua, por séculos e séculos. E sabe bem. Porque no final conseguirei respirar sem pontadas no peito, e não te terei à janela sempre que abro os olhos de manhã. Também não precisarei de eliminar cheiros da minha pele para sentir o aroma da vida e não terei a palavra “Amo-te” cravada a pregos na traqueia. É assim que as coisas funcionam doravante. Porque nós vemos o mundo por diferentes luzes. E quando nos juntamos…há eclipse, e tudo se apaga.
Sou Sol, tornei-me Sol por bênção. Ou por necessidade. Ilumino o melhor que posso o meu mundo, com todas as casas que construí, campos que cultivei e almas com que me cruzei. Sou dedicado e, ao fim do dia, nunca me esqueço de beijar o meu Oceano. Digo-lhe Boa Noite, rezo para que lá esteja no dia seguinte e desapareço no horizonte. Dizem que fico bonito quando me vou. E eu acredito.
Depois de mim chegas tu, porque te condenei a ser Lua. Para que quando chegasses eu já não estivesse, não te visse e não me pudesses ver. Para que iluminássemos sempre partes opostas do mundo e da vida. Para que tivesses milhões de estrelas lindas à tua volta e as cobiçasses, sonhando, sempre sonhando, esquecendo-te (e lembrando-te de vez em quando) que a mais próxima da tua terra sou eu. Ah, mas eu estarei longe. Bem longe.
Condeno-te a Lua, por séculos e séculos. E sabe bem. Porque no final conseguirei respirar sem pontadas no peito, e não te terei à janela sempre que abro os olhos de manhã. Também não precisarei de eliminar cheiros da minha pele para sentir o aroma da vida e não terei a palavra “Amo-te” cravada a pregos na traqueia. É assim que as coisas funcionam doravante. Porque nós vemos o mundo por diferentes luzes. E quando nos juntamos…há eclipse, e tudo se apaga.
3 comentários:
És sol, iluminas o dia, és belo quando partes porque deixas saudades e ainda mais belo quando chegas com um grande sorriso.
A Lua deixa de o ser em todos os eclipses e também no fim dos tempos.
Está lindíssimo o texto e a imagem também foi muito bem escolhida.
Beijinhos enormes mano*****
Que imagens, que palavras, que entoação... Tens uma história e uma alma do mais bonito que existe na histórias das almas deste mundo.
Adoro-te. =)
O Eclipse é mais do que o apagar da Luz (semi)Eterna. É a junção de dois corpos celestes cujo amor ofusca qualquer luz, pois esta já não é necessária: eles sabem onde estão, quem querem e porque querem. Não precisam que lhes iluminem o caminho, pois eles já chegaram ao fim dele.
* Beijinho no ombro
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